Encontro realizado nesta quinta-feira (29) no CHL conectou os participantes à história de Ribeirão Pires por meio de tijolos antigos
Nesta quinta-feira (29), o Centro Histórico e Literário (CHL) de Ribeirão Pires foi palco de uma oficina educativa conduzida pela arqueóloga Angélica Moreira da Silva, reunindo idosos atendidos pelo Centro de Referência do Idoso (CRI) em uma experiência singular de conexão com o patrimônio histórico local.
Com o tema “Pensando o patrimônio histórico de Ribeirão Pires a partir de tijolos antigos”, a atividade combinou explanação teórica e prática com modelagem em argila, estimulando a memória afetiva e o diálogo sobre a identidade cultural da cidade.
A oficina integra as ações do projeto “Tijoloteca: catálogo de tijolos antigos sob a guarda de museus e instituições culturais paulistas”, iniciativa que visa preservar e valorizar elementos construtivos que compõem a história urbana de diversas cidades do estado de São Paulo, incluindo Ribeirão Pires.
Durante o encontro, a arqueóloga Angelica Moreira apresentou o contexto histórico dos tijolos como testemunhos materiais das transformações urbanas e sociais ao longo do tempo. A palestra abordou técnicas antigas de produção, marcas de olarias e o papel desses artefatos na memória coletiva.
Além de Ribeirão Pires, o projeto “Tijoloteca” contempla a análise de peças em outras cidades paulistas como Araraquara, Tatuí, São Simão, Campinas e Cruzeiro. Os tijolos coletados serão catalogados, medidos, fotografados e digitalizados para composição de um acervo acessível ao público.
Entre os objetivos da “Tijoloteca” estão a identificação das antigas olarias, seus períodos de atividade e localização, contribuindo para o mapeamento histórico da produção cerâmica no estado. O catálogo final será publicado em plataformas digitais com imagens 3D e desenhos técnicos.