Operação inédita contra venda de bebidas irregulares em Rio Grande da Serra fortalece fiscalização em defesa da saúde pública

A Prefeitura Municipal de Rio Grande da Serra, por meio de ação conjunta entre as secretarias de Saúde, Vigilância Sanitária, PROCON, Guarda Civil Municipal (GCM) e Cadastro Técnico, deflagrou uma operação de campo com o objetivo de fiscalizar adegas e bares da cidade e coibir a comercialização de bebidas irregulares e possivelmente adulteradas. A medida visa proteger a saúde da população frente ao aumento de casos de bebidas falsificadas e envenenadas com metanol em todo o Brasil.
Durante as vistorias, quatro estabelecimentos foram fiscalizados. Foram apreendidas 98 garrafas de vinho e 6 garrafas de pinga, todas sem rotulagem adequada, o que impossibilita qualquer rastreio quanto à procedência, teor alcoólico ou garantias sanitárias.
A Prefeitura informa que os órgãos envolvidos atuam de forma articulada:
• A Secretaria de Saúde monitora potenciais riscos à população,
• A Vigilância Sanitária verifica requisitos mínimos de higiene, registro e rotulagem,
• O PROCON avalia práticas de comércio e proteção do consumidor,
• A GCM apoia com segurança das equipes e lacração se necessário,
• E o Cadastro Técnico auxilia na identificação e registro dos estabelecimentos e produtos irregulares.
Contexto nacional: o risco invisível do metanol
A iniciativa municipal chega em momento crítico: notícias recentes apontam um surto nacional de intoxicação por metanol vinculado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas no Brasil.
Até o momento, o Ministério da Saúde confirmou 11 casos de contaminação por metanol e investiga outros 48 suspeitos. Há relatos já de mortes em algumas unidades da federação, e o governo federal publicou alerta nacional ao ativar uma Sala de Situação para monitoramento desses casos.
O metanol (álcool metílico) é altamente tóxico e quando ingerido pode ser convertido no organismo em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que causam danos ao sistema nervoso, podendo provocar cegueira irreversível, insuficiência renal e até óbito. Os primeiros sintomas costumam surgir entre 12 e 24 horas após o consumo — como náuseas, vômitos, dor abdominal, alterações visuais, confusão e sudorese.
Historicamente, o Brasil já enfrentou surtos episódicos relacionados a bebidas adulteradas, quando falsificadores substituem o etanol por metanol ou o adicionam à mistura para baratear custos ou enganar os consumidores. Estima-se que, em 2025, o país enfrente uma escalada desses casos em várias regiões.
Este cenário nacional reforça a necessidade de que municípios adotem medidas preventivas locais — justamente a proposta da operação de fiscalização em Rio Grande da Serra.
Mensagem da Prefeitura
“A vida e a saúde da população estão acima de qualquer lucro irregular. Nossa ação é preventiva, e vamos intensificar a fiscalização com apoio de todos os órgãos da administração. Quem insistir em comercializar bebidas sem controle ou adulteradas será responsabilizado com multa, apreensões e fechamento de estabelecimento”.
A Prefeitura orienta os cidadãos a:
• Exigir sempre rótulo com CNPJ, lote, graduação alcoólica e data de fabricação,
• Desconfiar de preços muito baixos ou bebidas vendidas sem nota fiscal,
• Evitar consumir bebidas de origem duvidosa, especialmente em festas não regulamentadas,
• E, em caso de suspeita de intoxicação (visão turva, dores, mal-estar), procurar auxílio médico imediatamente.
Para mais informações, a população pode contatar a Secretaria de Saúde ou a Vigilância Sanitária de Rio Grande da Serra.