No próximo dia 27 de março, a partir das 10 horas, a Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial realizará a primeira audiência pública de 2024 no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo com o tema ‘O potencial econômico e sustentável do Cânhamo no Brasil’. A utilização do cânhamo na construção civil, roupas e acessórios, plásticos, automóveis, cosméticos, alimentos e remédios poderá ser conferida na sequência, a partir das 12 horas, no Espaço Heróis de 32, no lançamento da exposição ‘Cânhamo Industrial: uma revolução agrícola não psicoativa’. A mostra é uma iniciativa do Instituto InformaCann e permanecerá aberta ao público até o próximo dia 05/04, durante o expediente legislativo.
A audiência vai debater uma subespécie da planta Cannabis sativa, que não contém psicoatividade em razão da baixa concentração de tetrahidrocanabinol (THC) e pode revolucionar o setor agrícola da construção civil, industrial, têxtil, com a possibilidade de produzir automóveis, cosméticos, casas, roupas, alimentos, remédios, entre outros. Os especialistas convidados são: o químico industrial e pesquisador Ubiracir Fernandes, a farmacêutica, pesquisadora e CEO da DNA Soluções, Kiara Cardoso e a publicitária, ativista da pauta e CEO da Queen Co, Renata Lima.
Autor da Lei Estadual que inclui a cannabis medicinal no SUS Paulista, o deputado Caio França destaca que o estado de São Paulo já assumiu a posição vanguardista por ter sido pioneiro em oferecer a Cannabis medicinal no SUS Paulista e pode agora assumir também o protagonismo na introdução do cânhamo industrial na matriz agroindustrial brasileira, gerando oportunidade de crescimento econômico, geração de empregos e sustentabilidade ambiental.
“Vamos liderar essa discussão também. Por isso começamos os trabalhos da Frente nos aprofundando neste tema por meio de um debate qualificado e por meio de uma mostra que reúne produtos extraídos do cânhamo. A exposição sobre cânhamo ajuda a tangibilizar o debate técnico”, ressaltou o parlamentar que fará a abertura oficial da exposição ao lado de seu vice-coordenador, o deputado estadual Eduardo Suplicy.
Estimativas sugerem que o cultivo do cânhamo no Brasil pode gerar R$ 5 bilhões em vendas de insumo, gerar mais de 300 mil empregos diretos e arrecadar cerca de R$ 330 milhões em impostos. Além dos benefícios medicinais e industriais da planta, o cultivo do cânhamo ainda sequestra carbono e regenera área degradadas com a absorção de metais pesados. Estudos internacionais demonstram que um hectare de cultivo da fibra da Cannabis pode ser capaz de absorver de 10 a 20 toneladas de CO2 num período de ciclo de crescimento de 3 a 4 meses. Atua como agente técnico da Frente o Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis (IPSEC).