Quadrilha responsável pelos aviões é suspeita de prestar serviço para organizações criminosas
Uma investigação minuciosa da Polícia Civil de São Paulo culminou na apreensão de seis aeronaves que poderiam estar sendo usadas para transportar drogas, dinheiro ilícito e outros materiais do crime organizado. As equipes do 30° Distrito Policial, no Tatuapé, zona leste da capital, descobriram que uma quadrilha, responsável pelas aeronaves, prestava serviços para facções criminosas.
A primeira apreensão aconteceu em agosto em um pátio no Campo de Marte, em Santana, na zona norte. As suspeitas se iniciaram porque o antigo dono do avião bimotor não tinha condições financeiras para adquiri-lo.
As equipes prosseguiram com as investigações até que, na última quinta-feira (3), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram um sítio na Estrada Municipal Abílio Balduíno de Oliveira, em Joanópolis, no interior de São Paulo, com pelo menos cinco aviões desmontados.

Conforme o delegado Marcos Galli, do 30° DP, as aeronaves não tinham autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para estarem no local. Além disso, ele acredita que as partes encontradas no sítio em Joanópolis serviam para a montagem de outras aeronaves, conhecidas como “frankenstein”, que são utilizadas no transporte ilegal de drogas.
O esquema criminoso da quadrilha responsável por esses aviões consiste em prestar serviços para organizações criminosas, tanto as que atuam em São Paulo, quanto em outros estados. A polícia também suspeita do envolvimento de “laranjas”, pessoas que emprestaram os nomes para os verdadeiros donos se beneficiarem, o que é considerado crime.
Até o momento ninguém foi preso, mas as investigações, que se iniciaram há um ano, continuam.