Ave silvestre foi avaliada no Centro de Proteção Animal e encaminhada ao CETRAS, em São Paulo, para reabilitação
A equipe da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Mauá realizou, nesta semana, o resgate de um gavião-de-cabeça-cinza — também conhecido como gavião-gato — no Jardim Zaíra. A ave foi encontrada debilitada nas proximidades dos comércios da Rua Joaquim Alves de Oliveira, na altura do número 136.
A ave silvestre foi encontrada debilitada e encaminhada ao Centro de Proteção Animal de Mauá. Embora o local seja voltado ao atendimento de animais domésticos, o veterinário da unidade realizou uma avaliação inicial para verificar o estado de saúde do animal.
Após os primeiros cuidados, o gavião foi transferido para o CETRAS (Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres) de São Paulo, localizado junto ao Parque Ecológico do Tietê. Os exames iniciais indicou ausência de fraturas ou problemas neurológicos. Ainda assim, o gavião seguirá para exames mais detalhados com o objetivo de reabilitação e possível retorno à natureza.
Como acionar o resgate
Em Mauá, quem encontrar um animal silvestre em situação de risco pode acionar a Guarda Civil Municipal (GCM) pelo número 153, disponível 24 horas por dia, ou entrar em contato com a Central de Atendimento ao Munícipe pelos telefones (11) 4512-7661 ou 4512-7662, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Sobre o gavião-de-cabeça-cinza (Leptodon cayanensis)
Espécie nativa de ampla distribuição — do México ao Paraguai, passando por todo o Brasil — o gavião-gato costuma habitar florestas densas, matas ribeirinhas, matas secas e cerradões. É uma das 96 aves de rapina registradas em território brasileiro.
Com tamanho médio, pode atingir entre 46 e 54 centímetros, destacando-se pelas penas brancas no peito e barriga, costas negras e pernas fortes em tom cinza-azulado. Seu voo é ágil e silencioso, o que, somado à habilidade de se locomover com precisão por dentro da vegetação, dificulta sua observação na natureza.
Apesar de não estar ameaçado, é considerado um animal pouco avistado — o que torna ainda mais relevante o trabalho de resgate e conservação promovido pelos órgãos ambientais.